sábado, 13 de março de 2010

a moça do fim de tarde


seu sereno olhar logo molha o meu dia com seus pingos verbais..
palavras que vem com o cheiro doce da manhã..
tráz em si um toque de segredos..
esconde-se, mas não de medo..
de pretenção ou por solidez com o vento vasto..
nega rastros, passos, mapas e consome a si mesmo..
leva ao vento a essêcia da dúvida..
culpa ao relento sua muralha por falhas..
no coração tráz um uniforme escrito: pare!
rega o medo sem medo de sentir esse medo..
dedica suas frias palavras em frase cortadas..
varia sua imagem, talvez por ser várias em si mesma..
mas todas se resumem a uma só..
você..
a moça prudente..
transparece o nada
mas querendo tudo
um porto seguro de esquina sem dobras.
âncorais o barco na beira do mar da vida que traz o verde..
despreza o chorar quando as tempestade vem..
a moça do fim de tarde traz de balde em balde seu rosto
me propõe voar entre as brisas
e supõe está em meus olhos
os olhos que se revela aos seus
e os seus que me velam na noite em que a vela se torna minha luz
e como a vela de um barco, vem me direcionar norteando-me a ela


sergio'marthin

a flor, o beija-flor e o desejo; sonhos de sonhos simplesmente sonhados.


no caminho encontrei uma flor..uma flor que de vêz em outra me traz a primavera antecipada..
uma flor que mesmo com espinhos não deixa de ser uma flor..
trás uma fragancia peculiar e aguçada de paz..
um ecanto nas petalas; suavidade e pureza.
traz uma raíz forte que desbrava o Amor como adubo..
é o que rega a flor. o Amor.

regadas aos pingo celestiais de Amor..
e de Amor em Amor se torna cada vez mais sem espinhos que causam dolos..
sem dolos.. por que ainda que caia uma petala, pela manhã o sol à faz brilhar..

encotrei uma flor, sem cor nem nome..
encontrei um Amor que recíproca a incondicionalidade de amar..
e sou apenas um beij-flor..
as vezes pairo no ar..
as vezes roubo o mel da flor pra tentar ser eu novo..
sereio noivo, das ondas que me quebram..
por que a força do Amor impossibilita a minha queda..


sergio'marthin

a flor de fevereiro (o jardim de uma única flor)

a flor de fevereiro me trouxe um dia um cheiro destinto, uma desculpa só para amar-me..
deixou cair á minha vista uma pétala de seu corpo, quis marcar meu dia. e marcou.
escondeu os espinhos que poderiam me ferir..
mas negou seu mel ás abelhas só para derramar-se em minha boca mais doce..
delicados suspiros em meus ouvidos..
deslizantes toques suaves e intencionais..
derrameios de seu gosto insinuante, malicioso e expulsante do medo..
isso me deteu..
me policiava agora com teus meios..
teus meios era o único meio agora de ver-me inteiro..
e te sentir?

a flor de fevereiro me trouxe agora um sabor valioso, uma futura armadilha..
instituiu em meu peito o amar partido de mim..
e de repente abracei forte de mais e um espinho mostrou-se á mim..
um pequeno arranhão, mas sangrou, declinou minha segurança interna..
mas disfarço a dor, ponho a roupa da felicidade e solto um simbólico sorriso..
me desfarço da dor sem querer evasarme nela.. para que o antes fique para tráz
a flor de fevereiro semeia outro espinho em mim..
traz consigo um olhar incrédulo
a respiração ofegante de ódio..
e mãos antes amaveis quis virarem armas de fúria

palavras que vinham como mel, não descia mais de sua boca..
a flor de fevereiro me negou seu cheiro matinal..
caíram sua pétalas, cresceram seus espinhos que inflamam ao me ver..
meu sangue tenta regar a flor, mas a flor privou sua sanidade..
meu jardim de uma única flor tinha esmorecido, envelhecido num instante..
não entendo mais a primavera dos seus olhos ..
nem me vejo em realidade..
a busca incansável me deixou cansado..
em fadiga sentimental..
a flor de fevereiro veio..
me fez bem e se foi para outro alguém..
outro jardim de terras e adubos melhor..
ao menos a flor esta viva..
sem ela prefiro a primavera morta..


sergio'marthin

1 de fevereiro

pobre navegador que perdeu seu barco
foi ao mar perguntar por ele, mas o mar calou-se
uma bela prévia do fim
, assim é seu o meu começo
o emisfério agora tá sem rota..
o navegador chora enquanto ver sua esperança naufragar
declara sua dor de perda na areia, risca em frases de dúvidas..
iluminado por uma luz de vela, seu rosto fica meio escuro..
nada se ver, além de olhos secos de esperanças fúnebras.
o setimento agora é o pertúbio..
que houve com aquele mar que se entregava ao navegador??..

aquele mar que dava horizontes as suas expedições
que quando ele perdido o mar sabia conduzi-lo á ilha certa
onde estar agora esse mar??
-as ondas que quebravam em mim como o pulsar de dois coraçãoes
-os sopros em brisa finas no fim da tarde, vinham me acalmar..
felicidade esborrante tinha o navegador..
sorriso que sempre reciclava alegria do ontem..
-estive siim feliz, pude ver-te acordar com o sol e dormir com o luar ainda quente.
mas em uma noite
de fúria, veio uma tempestade e levou o barco do navegador
esse tal barco tinha como tripulação alegria, paz e um mútuo baú de tesouros de boas lembraças
-corri em direção ao mar, pedir ajuda, implorei!!
-mas o mar calou-se diante do meu medo e das minhas angústia..
-agora tudo é dor!!!
-pensava eu que tinha um mar por mim.
-seu silêncio falou muito alto perante mim, tive medo e fui embora
-ando aqui, beirando o mar, esperando uma palavra sua ou até uma condenão..
-que me puxes ao teu mais fundo e perigoso canto, culpe-me e mate-me..
-e enquanto você não vem presenteiar meus pés com teu beijo, eu sigo guiado por uma luz de vela..
-ao menos ela me vela..





sergio'marthin